sexta-feira, 9 de março de 2012

Será que vale a pena?


    Tenho me questionado nos últimos tempos se vale a pena fazer o bem às pessoas. Como pessoa e principalmente como cristã, sou desafiada a diariamente fazer o bem a todos, sem me importar com o retorno que o outro vai me dar, se me der algum. Confesso que tem sido difícil esta caminhada. Em primeiro lugar porque por mais que eu não queira me importar com o retorno da pessoa a qual faço o bem, eu me importo. Luto constantemente para não ter esta expectativa, e muitas vezes até por um momento consigo não senti-la, mas quando percebo novamente estou esperando algo em troca.

     Em segundo lugar porque a ingratidão das pessoas no geral tem sido muito grande. Todo mundo está tão preocupado com o seu próprio mundo, com os seus próprios sentimentos e muitas vezes não se percebe o bem que o outro faz para si. Percebemos a ingratidão na falta de um obrigado ou simplesmente em qualquer demonstração de gratidão, que seja por um olhar. Talvez o mundo consumista e narcisista tenha nos tornado frios para este tipo de atitude ou sentimento. É meio vergonhoso até reconhecer a ajuda do outro, porque muitas vezes nesta atitude acabamos reconhecendo que não conseguimos fazer algumas coisas sozinhos.

     Em terceiro lugar porque queremos desesperadamente ver frutos do nosso trabalho e muitas vezes não vemos. Ou vemos e não nos contentamos com os poucos frutos e queremos ver mais. Acabamos nos esquecendo, ou não querendo aceitar (não sei), que nós plantamos mas quem faz crescer é Deus na hora que lhe apraz. Não temos a paciência de esperar, ou a confiança de que Deus age, ou a certeza de que ele o faz de acordo com a sua vontade.

      E eu acabo me questionando: Será que vale a pena?

    Certo dia estava preparando um estudo bíblico e Deus respondeu a este meu questionamento muito claramente. O texto era de Gálatas 6. 7-10. Ali Paulo fala de que aquilo que o homem semeia é o que colhe. O versículo que saltou aos meus olhos (e ao meu coração) foi o 9: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (NVI). Foi ao mesmo tempo um tapa na cara e um alento ao coração. Um tapa na cara pois eu estava extremamente desanimada com os eventos diários de ingratidão e me questionando pra valer se valia a pena continuar dessa forma. Um alento ao coração por me lembrar novamente que Deus está no controle da situação e é ele quem faz a árvore germinar e dar os seus frutos e no final das contas, a glória por isso é do próprio Deus e não minha... confesso que as vezes me esqueço disso. Me “restou”, então, pedir perdão a Deus e dar glórias a ele e dizer no final das contas: Sim, vale a pena. Mesmo quando tudo parece contrário e as pessoas parecem não se importar, vale a pena continuar a fazer o bem! Vale a pena porque quando fazemos o bem glorificamos a Deus e isso basta. 

     Que Deus me ajude, te ajude, nos ajude neste caminhada...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Igreja entre aspas: somos pedra ou gente?

VEM AÍ, O SEGUNDO LIVRO DA EDITORA GRAFAR:



A igreja de Cristo, originalmente “gente”, passou a ser mais do que apenas o grupo dos seus seguidores espalhados pelo mundo. Ela foi transformada em "pedra”, ela se tornou em pessoa jurídica que precisa ser mantida. A manutenção da instituição é o que consome a maior parte dos seus recursos. Até mesmo a sua missão de “fazer discípulos” (de Cristo), tornou-se para ela em necessidade de “fazer fiéis” (da instituição) para dar conta da sua manutenção e de seus projetos. Assim, mesmo que não expresso e muitas vezes nem desejado, a sua prioridade está voltada ao “ser pedra” em detrimento do “ser gente”.
O autor identifica corajosamente essa situação em nossas igrejas, aponta para as consequências dessa inversão de valores e estimula a autocrítica tanto das instituições quanto dos seus “fiéis”, com o objetivo de reaproximá-los do seu caráter original, de “gente”.


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E eu é quem sou a errada...


Me causa indignação e repulsa ver como um programa como o Big Brother Brasil tem uma aprovação tão grande entre o público brasileiro, a ponto de estar no ar por tantos anos. Infelizmente o que dá ibope é justamente o que o programa oferece: bebedeira, festa, azaração e briga. Com certeza se fosse uma simples competição sem estes ingredientes, não faria tanto sucesso. O povo quer ver o que vive no seu dia a dia e imaginar como seria concorrer a 1 milhão de reais com isso. Quer ver o que vive nos finais de semana e imaginar o quão seria bom viver todos os dias da sua vida desta maneira.

Me causa indignação e repulsa perceber o que realmente as pessoas gostam. Saber que uma música medíocre como essa do Michel Teló faz sucesso mundo a fora, dá vontade de gritar pra Deus parar o mundo porque eu quero descer. Programas de quinta categoria como o Zorra Total ou O Melhor do Brasil (que se o que passa nesse programa for o melhor que nosso país tem, me dá vergonha de ser brasileira) me deixam de cabelo em pé.

E o pior de tudo é que a grande maioria acha que a errada sou eu que quero e busco todos os dias uma vida com sentido e plena liberdade que Cristo dá. Que a errada sou eu em saber que Cristo me dá a liberdade de dizer não para estas coisas e pensar de uma forma diferente. Em saber que Deus em sua imensa graça me dá uma vida muito mais interessante e completa do que toda essa futilidade propagada por todos os cantos do planeta. Em saber que eu não preciso dessas coisas para sobreviver. Em saber que eu não preciso ir de festa em festa, de bebida em bebida para ter um pingo de felicidade. Em saber que eu não preciso ficar com todos os homens e mulheres que aparecem na minha frente pra achar que eu sou amada, ou apreciada. Eu preciso sim daquilo que eu tenho: Cristo na minha vida. E isso me basta.


 Me chamem de errada, me chamem de careta. Tudo bem, eu não me importo. Prefiro assim do que o contrário.